Jornalismo Gonzo: Quando a loucura da realidade vira tinta (e o escritor vira personagem
Fala tu, minha mana e meu mano tucuju!
Se tu tá cansado de ler notícia que parece manual de instrução de geladeira, vem cá: o Jornalismo Gonzo é a porrada criativa que o Amapá precisa. Não é jornalismo, é "jornalixamento" – uma viagem sem mapa onde eu, Raul Mareco, sou o motorista, o passageiro e a estrada. E sim, a gente pode (e vai) descer o cacete no tédio editorial juntos.
Quem Inventou Essa Bagunça?
Foi o maluco-beleza Hunter S. Thompson, um cara que tacava fogo nas redações dos anos 70 com textos que misturavam ácido, Harley-Davidson e denúncia social. Ele não "reportava": ele invadia a notícia, botava o pé na porta do fato e gritava: "A realidade tá mais doida que eu!". Esquece lead, pirâmide invertida ou imparcialidade de robô. Aqui, a primeira pessoa é a lei, a emoção é a arma, e a subjetividade é o superpoder que desmonta farsas.
Referências? Anota aí, curió:
- "Reino do Medo" (Hunter S. Thompson): Uma autobiografia alucinada do criador do Frankenstein que aterroriza o jornalismo conservador até hoje, sim, porra, o Jornalismo Gonzo, onde o jornalismo da mesmice vira um espelho quebrado refletindo o pesadelo americano.
- "A Sangue Frio" (Truman Capote): O avô do gonzo, que mergulhou num crime real até virar personagem da própria história.
- "Gonzo!" (Arthur Veríssimo): o fiel representante da porra toda do gonzo jornalismo tupiniquim, que Hunter S. Thompson certamente brindaria orgulhsamente com algumas garrafas de rum, conta 30 anos de jornalismo transcultural através de 30 gonzo reportagens pelo mundo. "Uma experiência de transe jornalístico-literário", ecoou Xico Sá.
Por que o Gonzo combina com o Amapá?
A Amazônia não cabe em manchete pasteurizada. Serra do Navio, os igarapés, o povo tucuju – isso é material gonzo puro. Enquanto o jornalismo tradicional engole seco a mesmice das pautas "oficiais", o gonzo escancara: "vem beber o subjetivo numa cuia de açaí, sentir o cheiro pitiú só o filé duma gurijuba e até o porradal político dos dois lados da Linha do Equador".
E não vem com "isso não é objetivo"!
Nietzsche já avisou: não existe fato sem filtro. E os meus filtros são a Amazônia e os neurodivergentes do Principado do Amapá, pura polpa do cupu da subjetividade fresquinha preparada para virar suco de palavras que vão tocar o foda-se na mesmice textual tucuju.
Como isso muda a comunicação no Amapá?
1. Fora sensacionalismo! Em vez de manchete fabricada a mando do patrão (R$), textos inspirados até em conversa de boteco nascerão através de umas dezenas de lenços com anotações.
2. Leitor virou cúmplice: tu não lê, experimenta. Vira meu parceiro na denúncia, na piada, no soco no estômago da realidade que maltrata quem tem menos e beneficia quem tem até demais.
3. Informação com sabor de açaí com farinha da baguda: sem açúcar, sem firula. Só a polpa grossa da realidade, mesmo que arranhe a garganta.
E o Portal Raul Mareco? É o gonzo na veia tucuju!
Aqui, a notícia não é apurada: é desenterrada com as unhas. Escrevo como se estivessémos num barco à deriva no Rio Araguari – sem remo, mas, foda-se, com um puta panorama da selva, fecho os olhos e imagino a inspiração alimentando meu cérebro de neurônios dopaminérgicos. Quero te fazer rir da desgraça alheia (e da nossa), chorar com histórias que a mídia tradicional esconde e acordar aquele incômodo que faz tu parar de só compartilhar em rede social e começar a agir.
Bora Virar a Mesa?
Aqui, a gente não informa: incendeia neurônios. E se reclamarem que tá subjetivo demais, manda a braba: "É o Amapá, porra! Aqui até a objetividade tem cheiro de tucupi fresquinho com jambu numa cuia de tacacá".
Inté mais, e lembre-se: no Jornalismo Gonzo, a única regra é NÃO TER REGRA. (Mas levar uma garrafa de cachaça pra reportagem ajuda). 🍃🗞️🔥